Ansiedade e depressão são sintomas não-motores da Doença de Parkinson, saiba mais
Quando a gente fala em Doença de Parkinson, muita gente associa apenas aos tremores tão característicos, à perda de força muscular que vai impedindo o paciente de controlar seus próprios movimentos. Mas esses não são os únicos sinais e a gente precisa disseminar mais informações a respeito dessa, que é a segunda demência mais comum, atrás apenas da Doença de Alzheimer.
O Parkinson aparece quando uma parte do cérebro, conhecida como “substância negra”, deixa de produzir o neurotransmissor dopamina, que é a responsável por tornar o movimento normal possível.
Existem sintomas de Parkinson que não estão relacionados à função motora, por isso muitas vezes passam despercebidos para pacientes, familiares e até médicos, que os tratam de forma isolada, sem suspeitar de que existe uma doença crônica e progressiva por trás.
Os especialistas acreditam que os sintomas não motores não são reações da pessoa afetada pela Doença de Parkinson, mas sim do próprio problema e de como ele afeta o cérebro.
Vamos saber um pouco mais?
Os pacientes com Doença de Parkinson têm mais ansiedade e depressão que o restante da população. A depressão, inclusive, pode começar ANTES dos sintomas motores. Entre os sintomas do quadro depressivo, estão a perda da capacidade de sentir prazer e a apatia, que também podem passar despercebidas.
Uma parcela das pessoas com Doença de Parkinson vai apresentar perda de capacidade de reconhecer as próprias emoções e também de outras pessoas. Elas também deixam de fantasiar, e os sonhos passam a representar eventos comuns. Para os especialistas, esse ainda é um dos sintomas pouco conhecidos.
A fadiga na Doença de Parkinson é diferente. Ela é imprevisível e surge com pouco ou nenhum esforço, além de a recuperação demorar mais.
É o que eu sempre digo: corpo e mente são um só. É ESSENCIAL ESTAR ATENTO AOS NOSSOS IDOSOS, PARA QUE ELES NÃO PASSEM DESPERCEBIDOS, pois muitas vezes os sinais iniciais do Parkinson são associados a características normais da idade, como mais lentidão e dificuldade para se movimentar.
Aqui vale aquela máxima que eu sempre digo: diagnóstico PRECOCE é a melhor garantia de que o tratamento vai ter sucesso. A demência pode não ter cura, mas dá para controlar os sintomas e retardar sua progressão, proporcionando, assim, mais qualidade de vida ao paciente, com menos perdas motoras e cognitivas.
Não existe um exame preciso que diagnostique o Parkinson; a constatação é feita com base na história clínica do paciente e em exame neurológico.
É importante relatar para o médico quando esses sintomas aparecem. Saiba quais são:
Sintomas motores da Doença de Parkinson:
– Lentidão de movimentos
– Agitação ou tremor em repouso
– Rigidez dos braços, pernas ou tronco
– Problemas com o equilíbrio e quedas
Sintomas não-motores da Doença de Parkinson:
– Alterações de humor, como depressão, ansiedade e irritabilidade
– Alterações cognitivas (déficits de atenção, problemas visuais e para se localizar no espaço, problemas de memória, mudanças de personalidade, psicoses e alucinações)
– Prisão de ventre
– Suor excessivo, especialmente nas mãos e nos pés
– Perda de olfato
– Distúrbios do sono e insônia
– Fadiga
– Sensoriais (dor, sensação de aperto, formigamento, queimação)
Existe tratamento?
Não existe cura para a Doença de Parkinson. Ela ataca principalmente o cérebro e é progressiva: não é de uma hora para outra que o paciente vai deixar de andar, por exemplo. O principal fator de risco é a idade. Por si só, não é fatal, o que agrava o quadro do paciente são as complicações decorrentes dela.
Mas dá para tratar os sintomas e também impedir sua progressão.
Alguns dos tratamentos são medicamentos, cirurgias, fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, além da psicoterapia para tratar a depressão e a ansiedade.
O acompanhamento médico é indispensável nesse caminho, tanto para diagnóstico, quanto para tratamento. Estou aqui para te ajudar!
Fale comigo pelo telefone (16) 99685-4402.
Dr. Davi Klava
Atendimento Médico em Neurologia Clínica