Aprenda a criar o seu diário da cefaleia

Você sabia que a dor de cabeça é a segunda condição médica mais comum na humanidade? A cefaleia afeta homens, mulheres e crianças, no decorrer de toda a vida, sem preferência geográfica. As crises podem ser extremamente incapacitantes, comprometendo a vida pessoal, familiar, social e profissional de quem sofre, acarretando em impactos socioeconômicos. Apesar disso, apenas metade das pessoas que sofrem com cefaleia fazem um tratamento adequado, e aproximadamente 30% não chegam nem a procurar atendimento médico. 

Existem vários tipos de cefaleias (mais de 200 para ser mais exato), e uma ferramenta muito útil para ajudar o paciente a entender os gatilhos e as causas principais que dão início à dor é o Diário da Cefaleia. 

É importante que você anote suas crises à medida que elas forem ocorrendo, ao invés de esperar para anotar depois de várias crises.

O que você deve anotar no seu Diário? 

Data da dor: anote a data na primeira célula vazia do item Data da Dor. Caso você tenha várias crises no mesmo dia, anote cada uma delas em uma nova célula com a mesma data.

Horário de início da dor: assinale o turno em que a dor se iniciou, e caso queira, você pode anotar o horário preciso.

Intensidade máxima da dor (fraca, moderada ou forte): assinale a intensidade máxima que a dor atingiu naquela crise. O critério é o seguinte: 

  • Fraca: dor que não interfere com as atividades da vida cotidiana (trabalho, obrigações domésticas, estudo, etc).
  • Moderada: dor que não impede, mas interfere com as atividades; 
  • Forte: dor que impede as atividades. Muitas vezes, a dor se inicia fraca e vai aumentando gradativamente de intensidade.

Qualidade da dor: assinale a opção que melhor representa a sua dor. Pulsátil (latejante), constante (não pulsátil, em peso, em aperto, em queimação) ou em pontadas (fisgadas)

Localização da dor: unilateral direita, unilateral esquerda ou bilateral

Medicamentos utilizados: escreva o nome dos medicamentos que você utilizou e o número de comprimidos/doses de cada um.

Duração da dor: anote o valor aproximado da duração da sua dor, avaliando se ela durou segundos, minutos ou horas. 

Fatores desencadeantes: Anote em cada espaço um possível fator desencadeante. Se desejar, pode assinalar a data da crise desencadeada pelo fator relacionado.

Menstruação: Anote em cada célula o primeiro dia de fluxo menstrual e o último. Cada célula deverá conter os dados de um ciclo.

Índice de dor: Este índice deve ser calculado por mês. Você deve multiplicar o número de crises fracas por 1, o número de crises moderadas por 2, o número de crises fortes por 3, e depois somar o resultado. 

Por exemplo, se no mês de janeiro, o paciente apresentou 3 crises fracas (1), uma moderada (2) e duas fortes (3), a equação será: (3 X 1) + (1 X 2 ) + (2 X 3) = 11. O índice de dor será 11. O índice de dor permite avaliar se o tratamento está sendo eficaz ou não, comparando-se os resultados ao longo dos meses.

Vou deixar o link de um modelo de Diário da Cefaleia AQUI

Anote todas essas informações e não se esqueça de levá-las na próxima consulta!

Meu WhatsApp está aberto para conversarmos 19 99685-4402.

▪▪ Dr. Davi Klava ▪▪

Atendimento Médico em Neurologia Clínica

1 Comment

  1. Bem interessante, esse diário. Eu não tenho problema de cefaléia. Com exceção dependendo se não tomo água suficiente, sinto alguns sintomas, ao inserir água já passa a sensação estranha.

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