O DOPPLER TRANSCRANIANO é um aliado para pacientes com AVC e outras doenças neurovasculares
Recebo em meu consultório muitos pacientes e familiares com dúvidas de quais exames podem fazer para rastrear doenças neurovasculares, dentre elas o acidente vascular cerebral (AVC).
Um deles, muito importante, é o doppler transcraniano, também conhecido como doppler colorido transcraniano. Ele é um exame de ultrassonografia que analisa o fluxo sanguíneo das grandes artérias cerebrais – portanto pode detectar quando a passagem de sangue não está normal, como ocorre no AVC isquêmico, quando o sangue não consegue passar porque a artéria está obstruída.
A boa notícia é que não existem contraindicações para esse exame, que é uma forma rápida e não invasiva de verificar o fluxo sanguíneo cerebral; pode ser feito quantas vezes o neurologista achar que são necessárias, sem expor o paciente à radiação. Para realização do exame, o paciente deve estar deitado. Não é preciso anestesia nem sedação.
O AVC isquêmico é dinâmico, ou seja, pode mudar a qualquer momento. De acordo com estudos, há evidências fortes de que o doppler transcraniano seja um grande aliado para acompanhar como está evoluindo o tratamento – que no caso do AVC isquêmico deve começar o mais rápido possível, com medicamentos que ajudam a restabelecer o fluxo sanguíneo. O teste também é importante para definir qual a melhor terapia.
Em alguns casos, como nas doenças arteriais intracranianas e também no AVC, o doppler pode ser associado a outros exames não-invasivos, como angiografia por ressonância magnética.
De acordo com estudo feito pelo Setor de Doenças Cerebrovasculares, do Serviço de Neurologia do Departamento de Clínica Médica do Hospital de Clínicas da UFPR, em Curitiba (Paraná), o doppler transcraniano guia o neurologista na conduta e pode servir ainda para estimar o prognóstico dos pacientes que sofreram AVC isquêmico. Sua sensibilidade é bastante alta, ou seja, essa é uma ferramenta bastante precisa.
E não é só para AVC que o doppler transcraniano pode ser utilizado. Ele pode ser indicado para outras situações, como tontura, vertigem, síncope e doença vascular cerebral; para suspeita de estreitamento de artérias do encéfalo, o centro do sistema nervoso; e na suspeita de hipertensão intracraniana e de morte encefálica. Além disso, pode ser utilizado para rastrear hemorragia subaracnoidea (HSA) e doenças intra e extracranianas, além de examinar pacientes com anemia falciforme, para determinar o risco deles de sofrer derrame, e analisar como está o cérebro de quem tem enxaqueca.
Quer conversar mais sobre esse exame e outros aliados importantes para quem sofreu um AVC ou tem outras doenças neurovasculares?
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Dr. Davi Klava
Atendimento Médico em Neurologia Clínica
1 Comment
Olá, dr.
Fiz uma angio ressonância e apareceu uma imagem que sugere ser um aneurisma de 0,03 cm, agora preciso fazer uma arteriografia cerebral e estou bem assustada, o ultrassom intracraniano, pode substituir a arteriografia?? Obrigada