Tratamentos não farmacológicos para a Doença de Parkinson
6 tratamentos alternativos para a Doença de Parkinson
O Parkinson é uma doença que causa a morte de neurônios do sistema nervoso central. Tais neurônios são responsáveis pela produção do neurotransmissor dopamina, que ajuda na reprodução dos movimentos voluntários que nosso corpo realiza de forma automática, como escrever uma carta de amor ou caminhar até a padaria. Com a queda na produção da dopamina, ocorrem movimentos involuntários repetitivos, o famoso “tremor” do Parkinson, além de rigidez muscular, movimentos lentos e diminuídos (bradicinesia) e instabilidade postural e/ou de marcha.
Atualmente, existem diversas categorias de medicamentos para o tratamento dessa doença. No entanto, ainda não existem drogas disponíveis comercialmente que possam curar ou evitar de forma efetiva a progressão da degeneração de células nervosas que causam a doença. Nessa mesma linha, existem técnicas com base na medicina complementar e alternativa que também ajudam a evitar os sintomas, além de trazer mais qualidade de vida para o paciente.
CONFIRA 6 TRATAMENTOS ALTERNATIVOS PARA A DOENÇA DE PARKINSON:
1) A CURA ATRAVÉS DA MÚSICA
As aulas de Musicoterapia podem incluir o ensino de danças, canto e até mesmo como tocar um novo instrumento. E o que tudo isso tem em comum? **O ritmo, a melodia e a movimentação do corpo.** O RITMO, principalmente, é muito eficaz durante o tratamento, pois ajuda a coordenar o movimento e estimula a capacidade de atenção e o foco, importantes para as questões cognitivas, além de, é claro, ser super relaxante! Por isso, a musicoterapia desenvolve a saúde mental, diminuindo a fadiga, distúrbios do sono, depressão e ansiedade.
2) ARTE MARCIAL NÃO É SÓ PARA NINJAS
O Tai Chi é uma arte marcial chinesa, conhecida principalmente como forma de meditação e movimentação do corpo. Bem diferente e mais suave do que as lutas de artes marciais que vemos nos filmes, pode ficar tranquilo! A prática do Tai Chi promove o equilíbrio e coordenação motora, especialmente para pessoas com a forma moderada da Doença de Parkinson.
3) YOGA: EQUILÍBRIO ENTRE MENTE E CORPO
O Yoga é muito mais do que apenas uma aula de alongamento. Além de ajudar a aumentar a flexibilidade e o equilíbrio, quando é adaptado para ser feito por pessoas com Parkinson, gera melhoras significativas na mobilidade, força, equilíbrio e flexibilidade. Por se tratar de uma forma de intervenção entre mente e corpo, o Yoga também proporciona o autoconhecimento, desenvolvendo a saúde mental, o humor e os distúrbios do sono.
Quer saber mais sobre os Distúrbios do Sono? Acesse!
4) PARA RELAXAR, NA DA MELHOR DO QUE UMA MASSAGEM
Existem diversos tipos de massagens, umas utilizam óleos essenciais e outras focam mais nas técnicas com as mãos, mas independentemente, os estudos científicos comprovam: após uma massagem de apenas 60 minutos, há redução significativa dos tremores de repouso. Os benefícios são momentâneos, mas a massagem é uma ótima alternativa para a diminuição da rigidez muscular.
5) DESSAS AGULHAS NÃO PRECISA TER MEDO!
A acupuntura, assim como o Tai Chi, é uma técnica milenar chinesa. Seu princípio básico é a estimulação das chamadas “vias de energia”, formadas por pontos específicos em todo o corpo. Através do estímulo com o posicionamento da agulha é possível proporcionar para o paciente o alívio da dor e o relaxamento mental e físico, aliviando a fadiga e os distúrbios do sono. Estudos científicos comprovam o benefício do uso da acupuntura para retardar a degeneração dos neurônios, detendo a progressão da doença de Parkinson. Esses resultados já foram confirmados em modelos animais, mas ainda não em humanos.
6) TERAPIAS DO MOVIMENTO: SÓ TRAZEM VANTAGENS!
Já vimos pelo Yoga e o Tai Chi que a movimentação do corpo é muito benéfica para o paciente com Parkinson. Mas existem também as chamadas Terapias do Movimento, específicas para o tratamento de Transtornos do Movimento. Duas técnicas famosas são a Técnica Alexander, que enfatiza a postura e o equilíbrio, e o Método Feldenkrais, que retreina o corpo para que a pessoa seja capaz de realizar novamente movimentos complexos.
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No entanto, atenção: tais terapias são consideradas apenas como COMPLEMENTARES e INTEGRATIVAS. Ou seja, não se deve deixar de lado o uso dos medicamentos farmacológicos receitados pelo médico.
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Dr. Davi Klava | Atendimento Médico em Neurologia Clínica
Fonte:
– Atul Kabra, Rohit Sharma, Ruchika Kabra and Uttam Singh Baghel*, “Emerging and Alternative Therapies For Parkinson Disease: An Updated Review”, Current Pharmaceutical Design (2018) 24: 2573.
– Johns Hopkins MEDICINE | Hospital Albert Einstein | Parkinson’s Foundation.